Antevisão do Santa Luzia vs Cidadelhe

Pedro Ferreira (Treinador do Santa Luzia) - Vai ser uma vez mais um jogo dificil, contra uma equipa jovem com um bom treinador, o Constantino e que nos vai criar dificuldades como tem sido normal neste campeonato, as equipas querem ganhar ao primeiro e contra nós existe sempre uma motivação extra, normal em qualquer lado. Espero que seja um bom jogo de Futsal e que a arbitragem colabore nesse sentido. Acho que as equipas estão a trabalhar melhor, como se vê, já não existem aquelas goleadas do inicio da época, o que é muito bom. Tenho visto bons jogos de Futsal e acho que o distrital de Viana está muito melhor, falta apostar mais na formação.

Constantino Azevedo (Treinador do Cidadelhe) - Numa antevisão ao jogo, escusado será, referir-me quanto ao grau de dificuldade que o mesmo representa. Constato que o Stª Lúzia tem evoluído como clube (graças ao corpo directivo) e como equipa (a custo da sua equipa técnica) e, no presente, afigura-se-me ser a melhor “estrutura” do nosso campeonato distrital, sendo meritório o lugar que detém na tabela classificativa. Pela observação que fiz de dois jogos do Stª Lúzia, considero que o Cidadelhe vai encontrar uma equipa com princípios de jogo alicerçados na experiência de alguns jogadores e apoiados na juventude de outros que conheço desde a sua formação: quem não conhece o Diogo? O Giri? O João Pedro? O Paulo? O Bruno? O Alex? O Sárria? (...). Tendo em conta o seu favoritismo natural, espero um adversário com iniciativa de jogo e a querer resolver o jogo desde cedo. Os jogadores do Cidadelhe, e eu próprio, vamos jogar com a emoção de jogar contra o líder, procurando não descurar a racionalidade do nosso modelo de jogo, adaptado às características do opositor. Nos dois treinos desta semana trabalhamos tendo em conta os aspectos ofensivos, defensivos, de transição e de estratégia do Stª Lúzia, de molde a produzirmos um jogo tão atractivo quanto possível. Move-nos a ambição e o espírito com que abordamos todos os jogos: “Play, to win!”. Quem sabe… Quanto aos árbitros, só espero que não saia “na sorte” a dupla liderada pelo Sr. Joaquim Sinaré, pois, em meu entender, não reúne os requisitos que caracterizam um bom árbitro. Digo isto, citando dois erros, a nosso favor, de “palmatória”, ocorridos no nosso último jogo (cujo resultado é justíssimo): 1. Livre indirecto a favor da equipa adversária, cujos quatro segundos expiraram. Na sequência, um jogador do Cidadelhe “pega” na bola e segue em direcção à baliza, ou seja, sem sequer passar ao lado para um companheiro. Por acaso não deu golo; 2. O nosso redes, faz passe ao fixo e é substituído por um jogador avançado (5 p/4), o fixo devolve imediatamente ao seu companheiro, sem deixar que a bola passasse a linha do meio campo. Nada foi assinalado. Isto, só para falar dos erros a nosso favor (entre outros), para os leitores não pensarem que somos daqueles que acham que os árbitros beneficiam, propositadamente, estes ou aqueles. Trata-se, aqui, de competência! E só o faço neste local, porque já falei com o visado! Só o faço, porque pretendo que ele melhore a sua prestação, pois, entendo que para o bem da classe dos árbitros, os menos bons têm que ser afastados até reunirem as condições necessárias e até estarem seguros daquilo que estão a fazer… TAMBÉM PARA SUA PRÓPRIA PROTECÇÃO! Para aqueles que dizem: Hã! Há cursos para árbitros, porque não fazes um? Simplesmente respondo dizendo que, perante tamanha exposição, responsabilidade e exigência, é preciso vocação e talento. A mim, enquanto treinador, cumpre-me incutir e ensinar a respeitar os árbitros, treinando. Sim, treinando. Muitas vezes, costumo por os jogadores a arbitrar um jogo numa sessão de treino. E resulta…